segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Los primatuns

Hábitos:
              Los primatuns eram nômades migrando conforme as estações para fugir do frio, para passar a noite procuravam por cavernas que não eram úmidas e instalavam ali fogueiras para se aquecer e não morrer de hipotermia, na hora de ir dormir todos se juntavam para um esquentar o outro já que fazia muito frio a noite e eles não haviam nenhum tipo de tecido para se aquecer somente tangas feitas de couro de javali que os machos alfa (assim chamados os líderes dos grupos) caçavam, existia uma hierarquia dentro de um grupo (família).
              O macho alfa cuidava da caça para vestir e alimentar o grupo, a fêmea mãe preparava os alimentos e cuidava das crianças pequenas. As crianças que já conseguiam andar com facilidade eram coletoras, buscavam frutas, sementes leguminosas e outras plantas como chá e café para suprir as necessidades de alimentação assim como um suplemento.
              As crianças coletoras e o macho alfa sempre andavam armados de uma lança feita de madeira com uma pedra afiada na ponta para se defender de possíveis ataques de animais selvagens já que viviam em savanas.







Religião:
              Os Los primatuns adoravam um Deus chamado Maoe eles praticavam rituais em oferenda ao seu Deus, pediam caças fartas e vida longa a seus descendente e principalmente proteção ao seu macho alfa porque além de se arriscar nas caças eram considerado um semi-deus muito adorado pelo seu grupo.
              As oferendas eram feitas com um assado de algum animal, muitas vezes deixavam de comer para adorar Maoe acreditando que ele os ajudaria e traria o dobro de comida necessária, mais essa ajuda divina nem sempre vinha pois para os Los primatuns sempre faltava comida já que só tinha 1 macho alfa por grupo e os grupos eram quase sempre com mais de 30 integrantes.
              Antes do entardecer os mais velhos sentavam-se aos grunhidos o que se podia entender que eram para chamar os mais novos que silenciavam enquanto esses resmungavam, eles sangravam algum animal pequeno cobrindo-se com o sangue do animal e rodopiando várias vezes em torno da fogueira.
              Bebiam alguma bebida indistinguível, misturada ao sangue do animal, as crianças apenas observavam e a as mulheres riam muito. 


Estrutura Familiar:
              Entre os Los primatuns, encontramos com toda a severidade a família monogâmica. Esta baseia-se no predomínio do homem; a sua finalidade expressa é a de procriar filhos cuja paternidade seja indiscutível; e exige-se essa paternidade indiscutível porque os filhos, na qualidade de herdeiros diretos, entrarão, um dia, na pose de macho alfa.

O desespero dos Los primatuns (conto):
              Era meados do segundo semestre do ano 28 (idade do macho alfa) com base no calendário criado a base de luas pelos Los primatuns. A seca afetou grande parte da savana onde um grupo de Los primatuns vivia o que deixou eles sem água.
              Isso obrigou esse grupo a migrar para um outro lugar, afinal era isso que faziam quando sofriam com alguma necessidade. Eles andaram durantes luas e luas atrás de um lugar confortável e que suprisse suas necessidades mais não conseguiram achar nenhum lugar, a seca tinha tomado todo o continente. Só encontravam água em alguns oásis pelo caminho mais muitas vezes a água estava intoxicada ou era pouca para o grupo.
              Muitos morreram nesse percurso, o grupo que era de aproximadamente 45 membros já contava com 26 ( 1 macho alfa,1 fêmea mãe e 24 filhos). Dos muitos que morreram a maioria eram crianças entre 0 e 2 anos. Estavam todos desidratados e com a pele manchada por conta do sol forte que enfrentavam sem nenhuma proteção. Os Los primatuns eram um povo forte e aguerrido mais estavam no seu limite muitos dias sem comer e tomando poucas quantidades de água não conseguiam nem caminhar direito.
              Até que em um nascer do sol esse grupo avista um acampamento de um outro, ambos Los primatuns. O macho alfa vai na frente e vê qual a situação se o grupo é pacífico ou agressivo mais ao chegar perto do acampamento ele vê esse grupo com aproximadamente uns 100 membros e nota que são Los primatuns ladrões. Que estavam arrumando suas lanças e outros objetos pontiagudos que o macho alfa não soube identificar.
              Logo ficou assustado e percebeu que o refúgio que eles pensaram em ter achado não era amistoso. Mais o pior é que se o grupo de ladrões notasse sua presença iriam prende-los e fazer ele e seus filhos de prisioneiro e ainda abusar de sua fêmea.
              Eles tinham um sistema de guerra muito eficaz e que pareciam estar treinando. O macho alfa esperou anoitecer e pensava em alguma forma de chegar até aquele grupo de ladrões sem serem notados para conseguir pegar alguma comida e água que parecia ser armazenada e muito farta. Afinal o grupo de ladrões era muito maior que um grupo familiar. Os grupos familiares além de serem bem menores não tinham tática de guerra eram totalmente desorganizados nessa questão de batalha corpo-a-corpo.
              A única técnica que eles tinham eram de caçada, o macho alfa começou a observar o inimigo, começou a cuidar suas atividades e rotinas para agir na hora exata.
              Notou então algumas coisas: reuniam-se três vezes por dia, duas em volta da fogueira, e os mais velhos comiam primeiro, dando dentadas vorazes nos pedaços semi-assados de carne, ainda pingando sangue.
              Um pouco depois que o sol nascia comiam apenas frutas e o macho alfa ia para a caça e as crianças e mulheres a coletar. Quando voltavam com a caça faziam uma grande fogueira dando pulos enquanto o assado ficava pronto, entretanto mal podiam esperar e enquanto a carne ainda sangrava, mordiscavam na seguinte hierarquia.
              Ele notou que os homens mais velhos faziam a guarda da espécie de portão norte pois não se tratava de um acampamento qualquer e sim de uma fortaleza pelos aspectos parecia que este grupo era sedentário, fixo, ou seja, não era nômade como a maioria dos demais Los primatuns. Mais o portão sul não tinha vigia alguma pois ficava de frente para a entrada de um deserto e talvez eles pensassem que ninguém aparecia por aqueles lados.
              Então na noite seguinte já morto de fome o macho alfa deu a volta pelo portão norte sem ser visto a saiu no portão sul e que por uma boa coincidência ficava perto dos armazéns de comida os silos se compunham por madeira muito resistente guardando uma espécie de bebida fermentada alcoolicamente que causava alucinações nos humanos. Ao lado de aproximadamente 3 silos destes ficava um armazém com carne salgada, uma carne que era coberta de sal bem grosso e que era deixada no sol para secar e manter - lá sem que estragasse pois fora isso eles não tinham muito como armazenar já que não tinham como resfriar os alimentos, eles estocavam os alimentos para uma eventual falta o que o grupo do macho alfa que ali estava presente não fazia e que por isso sofreu com a seca já que os animais foram a procura de água e deixaram o ambiente que eles habitavam.
              Ele roubou uma pequena quantia já que se pegasse muito os inimigos iriam descobrir então com alguns pedaços daquela carne e com um pouco de água que carregava num cantil improvisado.
              Levou isso para o seu grupo que estava esperando a dois dias já sem comer e passou a observar novamente notou que o portão sul era sim vigiado mais era alternado os dias, dois dias era vigiado o portão norte e nos outros dois o sul e assim ia o que era uma verdadeira ingenuidade da parte dos ladrões logo eles que tem consigo a arte do furto deixando uma brecha assim para futuros ladrões.
              Com isso o grupo do macho alfa criou um acampamento perto da fortaleza e passava a se alimentar de dois em dois dias, até que passado alguns meses começou a temporada das chuvas e eles migraram de volta para o lugar onde antigamente habitavam, lá encontravam milhares de animais, as árvores frutíferas estavam carregadas.
              Ao voltar para seu local de origem começaram algumas mudanças, muitas com que aprenderam com os ladrões uma delas e a principal foi a especialização em batalhas corpo-a-corpo, assim como a construção de uma fortaleza para proteção.

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